Meu Deus, que aturas as rezas inventadas pela gente
- influências dO Senhor Saramago em mim, diga-se de passagem -
meu Deus!
Meu Deus, há tanto para fazer neste mundo, mesmo que tão pouco seja,
mesmo que nem algo de jeito seja,
algo bárbaro e mesquinho, nem que seja algo estúpido, corrupto, porco ou deplorável.
Há sempre algo para fazer, nem que sejamos gozados, julgados por isso, ou até, quem sabe,
aclamados, proclamados reis dos penedos e dos pedregulhos!
Aplausos, Aplausos!
Risos e bofetadas que soam pelo ar,
e eu aqui a pensar que há tanto para fazer nesta vida, que nem me contenho!
Quase que me tenho de segurar, por-me freio
e quase esbofeteio o meu pensar
que me leva para longe de onde estou!
A vida é curta, dizem eles, os que já cá estavam antes de mim,
os que devem ir antes de eu ir
conhecer aquela senhora que só veste preto e nem viúva é
A mim a vida parece-me tão vasta...
Espero só não morrer amanhã,
é que ainda há tanto para fazer...
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