domingo, 26 de dezembro de 2010

Psicadelismo momentâneo

Anda comigo, vamos ser animais
Correr rua fora
sem pudor, amor, nem coisas que tais.
Anda, não custa nada,
não dói
não fica,
podes apagar da memória!
Anda lá animal
solta a tua faceta acessória
em que consegues ser mortal!
Corre pelo asfalto e corta os pés
escorrega de joelhos pelos socalcos do Douro
e arranca da tua pele todo o agouro...!
Deita fora a voz e uiva ao luar
ganha garras sanguinárias para caçar
e vagueia como se nada te fosse importar!
E na altura do cio, não deixes de fornicar!
Marca território em cada poste ou pneu
Atrai as fêmeas para o covil que é teu
E nem penses em ser Romeu!
(Hoje em dia só se fode quem tenta ser como eu)
E coça-te enquanto vês o tempo a passar,
dorme ao sol, deixa-te torrar,
não tens com que te preocupar!


Mas não te prendas a essa vida infernal
És homem por alguma razão!
Acorda prá vida, pedaço de gente!
Chega de ser cão!

(Foto da minha autoria)

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